sábado, 16 de fevereiro de 2008

“Eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundo
Mas com tanta intensidade que se petrifica,
E nenhuma força jamais o resgata”
(C.D.A.)


É verdade, tudo depende da intensidade com que vivemos cada momento.
As vezes uma coisa acontece e nos marca, pequenas ou grandes, acontecimentos, momentos que ficam guardados, e que ninguém nos tira.
Para o bem ou para o mal.
Ao mesmo tempo que fico feliz com um sorriso, uma palavra, um momento de prazer, as vezes só é preciso um gesto, uma palavra, um olhar, pra destruir uma relação, pra magoar, decepcionar.
Um dia de sol
A tua companhia
Faltou algo mais?


Não pra mim.
Lembra? Eu não esqueço este e outros momentos alegres
O teu sorriso era só meu nestes momentos,
E feliz eu ficava
Amor não tinha, nem paixão, eu sempre soube, só amizade, mas tua companhia, teu carinho me bastavam.
E de repente vi um olhar tão raivoso ...
Tudo acabou
Será que era tudo tão frágil, só eu não percebia?
Onde ficou a sintonia?
Fiquei muito triste

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Ausência

Carlos Drummond de Andrade


Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.